Aulas presenciais: de volta a discussão

(Leia no PONTO FINAL).

BOM DIA.

Se existe um assunto que incomoda, é o Covid-19. Pode-se dizer que determinadas mídias exploram demasiadamente o tema, porém, é preciso concordar que a pandemia preocupa. O mundo continua refém de uma doença surpreendente e que deveria exigir muito mais responsabilidade da população. Não adianta criticar autoridades, se não cumprrimos com nossas obrigações. Qual o motivo ou a razão, para em época de tantos riscos, com mortes diárias, participar de eventos musicais ou ir a praia? Não passa pela cabeça o perigo de infectar parentes, colegas e amigos? Com o povo em atitudes impensadas para não dizer irresponsáveis, os hospitais correm riscos de ver seus leitos e UTIs no limite. É verdade ser mais fácil criticar e jogar a culpa no próximo. Fácil (e também bonito), postar fotos nas redes sociais e, em plena pandemia, mostrar momentos de felicidade, enquanto diariamente, centenas morrem, enlutando lares e famílias. Qual a dificuldade de dar tempo ao tempo e deixar o lazer para depois? Qual o problema em respeitar regras, se proteger, e salvar o próximo? Será preciso perder alguém da casa para só então parar? Ou acordar? Um bom dia para você.  

O QUE
ELES DIZEM

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

“DIANTE DE TUDO QUE ESTAMOS VENDO E VIVENDO, TORNA-SE IMPOSSÍVEL PREVER O QUE ACONTECERÁ NOS JOGOS OLÍMPICOS DE TÓQUIO EM JULHO E AGOSTO”.

Paulo Wanderley (Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro).

OLHO NO OLHO

Nem toda verdade pode ser dita e todos conhecem bem esse recado. Também todos sabem da facilidade com que o presidente Jair Bolsonaro provoca polêmica. A não ser que queira, assusta como gosta de dar espaço para a oposição. “O Brasil está quebrado. Não consigo fazer nada”. Pensando bem, é meia verdade. Quem não tem maldade, entendeu o recado ou uso de um jargão, mas, quem gosta de polêmica, vibrou e levou ao pé da letra. O Brasil não está quebrado, porém, atingiu um limite insuportável, que proíbe gastos, de olho nos compromissos com metas fiscais. O presidente Jair Bolsonaro deve saber da imensa legião de inimigos que arrumou quando acabou com privilégios, contudo, de nada adianta dizer que alguém precisa alertá-lo. Desistiram seus assessores e amigos. Ele acha certo e pronto. São muitas, inúmeras, as manchetes sobre polêmicas que em nada ajudam, pelo contrário, só atrapalham. O Brasil não está numa pior por culpa de Jair Bolsonaro. Herdou um governo destruído economicamente e moralmente e quando as coisas começavam a querer se acertar, chegou a pandemia. A recuperação será difícil e lenta e passa obrigatoriamente pelo Congresso Nacional que teima em engavetar ou protelar medidas como as desestatizações ou reformas, caso da tributária. Muita coisa pode ser feita pelos parlamentares e o ponto de partida, indiscutivelmente, é a PC Emergencial. Quando a união e conscientização é o caminho, gasta-se tempo e dinheiro em torno das eleições para as presidências do Senado e da Câmara Federal, prevalecendo como sempre, interesses e vaidades. Então, mais uma vez o cofre público paga.  

PONTO FINAL

Como já dissemos, muda o ano, o calendário, mas os problemas são os mesmos. De volta, a discussão sobre a volta das aulas presenciais.  É evidente que precisa voltar. Ficar até quando sem aula? Após comprovadamente sabermos das imensas dificuldades, principalmente no ensino público, do sucesso das aulas a distância, protelar até quando? Esperar pela vacina? Todos nós aguardamos ansiosamente pela dita cuja, porém, para resolver de fato, vai demorar e muito. O pior:  a pandemia não tem data para ir embora. Vemos o comércio totalmente aberto, praias lotadas, festas por todo quanto é lado e, por que não voltar as aulas? É evidente que será necessário providências, precauções, regras, mas é necessário encarar a realidade.  É preciso trabalhar em cima de faixas de idade, limite de alunos na sala e, na escola, uma forte ação envolvendo orientação e conscientização. Vivemos um novo normal e a sociedade, em todos os seus segmentos, precisa trabalhar e ter coragem para se adaptar.

VOLTO AMANHÃ.

ATÉ LÁ.

Compartilhe este post:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.